10 formas realistas de motivar pessoas no trabalho em qualquer época
Guia Prático Imediato para Gestores Resilientes
Se você é gestor, provavelmente está sempre se perguntando como motivar pessoas no trabalho.
Eu se que é complicado e também é um dos seus maiores desafios.
À medida que os anos passam vai complicando ainda mais, por causa das múltiplas mudanças no comportamento e nas expectativas das pessoas, além das questões trabalhistas que também geram muita tensão.
Por isso, considere que as sugestões a seguir são medidas práticas, sem a pretensão de ser uma solução motivacional perfeita, até porque tal perfeição não existe.
Com muito bom senso, trago 10 diferentes maneiras de motivar pessoas no trabalho, aplicáveis a qualquer tipo de empresa, de forma totalmente realista e imediata, em qualquer época.
Se você adotá-las há grande chance de que pelo menos uma tenha utilidade ou até mesmo grande valia.
Motivação numa sociedade desorientada
Estamos num mundo bastante tenso, confuso e controverso.
Tem até um acrônimo para descrever a situação do mundo no momento em que escrevo esse artigo:
B.A.N.I.
Bani é a abreviatura de Brittle, Anxious, Non-linear e Incomprehensible, cuja tradução é:
Frágil, Ansioso, Não-linear, Incompreensível.
O resumo é que as coisas ficaram permanentemente mutantes e por isso as pessoas estão ansiosas e desorientadas.
Na modernidade perdeu-se a referência de muitos parâmetros objetivos e subjetivos que norteavam as pessoas e as empresas e por isso, está todo mundo “surtado”.
Veja a matéria:
O somatório das tensões pós-pandemia, junto ao esfriamento das relações sociais, as mudanças do mercado de trabalho e a chegada da inteligência artificial transforma líderes empresariais em capitães de um navio que talvez esteja navegando em algo bem diferente de água.
E como costumo dizer nas palestras motivacionais que faço pelo Brasil:
Princípios são atemporais e por isso, nos trazem sabedoria diante do caos.
Por isso vou me concentrar num princípio que considero essencial para trazer sabedoria na sua jornada como gestor.
Este princípio lhe dará serenidade criando uma base de conduta dentro do que este guia se propões a ser: realista.
Poucas das variáveis que podem motivar colaboradores estão sob o controle do líder e essa é a realidade.
Por isso todas as minhas sugestões se baseiam na premissa de concentrar-se somente no que está sob o controle do gestor.
O que estiver fora do seu controle não interessa e apenas o fará perder tempo e esforço.
Entendido isso, vamos adiante.
As 10 maneiras de motivar pessoas no trabalho
Leia todas as 10 maneiras sem se preocupar com a ordem.
Depois de examinar cada uma delas aplique aquelas que fizerem mais sentido e tiver facilidade de execução para você.
1 – Coloque as pessoas onde elas brilham
Boa parte daquelas lamentações que a maioria das pessoas faz sobre seus trabalhos está enraizada no fato de que elas estão numa profissão que não reflete suas verdadeiras vocações.
O que também explica o fraco engajamento de milhares de universitários com o curso superior que estão fazendo; aquele curso é só para “ter futuro”, “ter uma profissão”, etc.
Sei disso, porque antes de ser palestrante profissional passei pela tortura de atuar em áreas que não têm nada a ver comigo e também de cursar áreas que não eram do meu genuíno interesse.
Se pararmos para raciocinar, veremos que o ponto de inflexão entre o engajamento e a monotonia profissional é o real interesse de um indivíduo na área em que trabalha ou estuda.
Quem vai querer se desenvolver e ser cada vez melhor numa área pela qual não nutre um forte interesse?
Enquanto essa realidade não muda em sua essência, a sugestão é remanejar as pessoas dentro da empresa alocando-as em papéis que se conectam mais com suas vocações e interesses.
Exemplo prático:
Imagine que um funcionário x é ótimo comunicador e se entusiasma toda vez que há uma situação em que ele possa assumir o papel de apresentar um evento, uma reunião, anunciar o discurso de terceiros e pela força do talento, se engaja naturalmente com estas e outras atividades que envolvem falar em público.
Só que esse mesmo funcionário está na área administrativa e trabalha o dia todo sentado numa cadeira e realizando tarefas operacionais extremamente monótonas para seu perfil. Todo mundo sabe que esse “cara” seria muito mais aproveitado e naturalmente motivado se a ele for dada a oportunidade de assumir um papel ou até mesmo múltiplos papéis ligados à comunicação coletiva em eventos e outras situações em que possa aplicar suas natas habilidades de comunicação interpessoal. Mas por força da tradição, ele continua lá “aprisionado” no escritório, desmotivado e reclamando a semana inteira.
Porque não realocar esse sujeito para uma outra função?
2 – Conheça as motivações individuais
A convivência com os liderados revela muito.
É nela que se descobre o que move cada pessoa.
A visão do gestor sobre as pessoas a priori é profissional, mas um ouvido um pouco mais atento descobre onde é que “dói” e com o que as pessoas sonham.
“Empresa não é mãe”, como já dizia o ditado.
Mas como falei na palestra que fiz no Congresso Internacional de Gestão Humanizada (inserir link no nome do Congresso), “empresa não é mãe, mas pode ser aquela prima gente boa”, que dá as dicas quando é possível.
Se você gestor conhece as motivações individuais das pessoas do seu time, você tem em mãos a força motriz de cada indivíduo.
E no que estiver a seu alcance, você pode colaborar com um conhecimento, uma atitude flexível não prejudicial ao trabalho, um conselho, uma chance de fazer um curso facilitado pela empresa ou outras iniciativas concretas que estejam a seu alcance.
3 – Transforme a empresa numa aliada
Essa sugestão se relaciona com a sugestão anterior, mas pode funcionar isoladamente também.
Nesta mesma palestra que mencionei que recentemente apresentei no Congresso Internacional de Gestão Humanizada mostrei para gestores presentes no auditório que uma das ações fundamentais da gestão humanizada é transformar a empresa numa aliada das pessoas de forma concreta.
A empresa moderna precisa entender que se ela não se posicionar como aliada das pessoas, outros agentes farão essa tarefa e a dificuldade de captar e reter talentos será ainda maior.
Um papel crucial que está ao alcance das empresas e que pode ser executado até mesmo com recursos internos que ela já tem é assumir o papel de educadora de pessoas colaborando para que seus trabalhadores sejam mais felizes e mais prósperos.
Se você quiser entender essa lógica, veja o resumo da palestra que realizei no Congresso clicando aqui.